Posso internar um dependente químico contra a sua vontade em uma clínica de reabilitação?
Essa é uma pergunta bastante comum porque infelizmente boa parte dos dependentes químicos não se reconhecem desta forma e, como consequência, não entendem que estão doentes, necessitando de tratamento.
Assim, resta aos familiares a difícil tarefa de tomar a decisão de interná-los contra a sua vontade em uma clínica de reabilitação. Isso é possível e se chama internação involuntária. Para saber mais sobre ela, continue lendo este post.
O que é internação involuntária e como fazer?
A internação involuntária ocorre quando a solicitação para internar um dependente químico parte dos familiares porque a pessoa que está doente recusa o tratamento.
Geralmente o trâmite envolve a visita do familiar à clínica, uma conversa com a equipe do local e a contratação de um serviço de remoção – opcional. Se contratado o serviço, a equipe busca o paciente e o conduz até clínica onde ele receberá o primeiro atendimento.
Nesta etapa, os profissionais avaliam a pessoa para ter certeza de que a internação é necessária. Nesta ocasião, um médico psiquiatra elabora um laudo a ser encaminhado ao Ministério Público em até 72h. Esse procedimento evita que denúncias de cárcere privado tenham validade.
Como é o tratamento?
A primeira fase do tratamento é a desintoxicação. Nesta etapa, a pessoa sofre com crises de abstinência, sendo monitorada 24h todos os dias e pode, inclusive, necessitar de medicação para aliviar as crises.
Com o passar dos dias, conforme o organismo vai se acostumando a funcionar sem a influência das substâncias químicas, se inicia uma outra etapa do tratamento: a terapia.
As sessões podem acontecer individualmente e/ou em grupo. Nelas, os pacientes são levados a refletir sobre sua trajetória e o quanto as drogas prejudicaram sua vida profissional, familiar e afetiva. Eles têm a oportunidade de compreender o quanto perderam, magoaram pessoas e abusaram da confiança e do afeto delas. Esse momento é importante porque os pacientes amam seus entes queridos e até ali talvez não tivessem tido a dimensão do quanto os fizeram sofrer.
Em seguida, eles são convidados a olhar para si e entender os gatilhos, ou seja, as razões que os levaram a usar drogas. É preciso aprender a lidar com eles, pois os gatilhos não vão sumir após a internação. Pelo contrário, eles continuarão lá. É a maneira de encará-los que precisa mudar.
Por fim, começam os planos para o futuro, para uma nova etapa da vida. Mas vale frisar que, quando se trata de dependência química, não se pode falar em cura, pois ela é uma doença crônica. É importante estar sempre atento para não voltar a usar drogas.
A boa notícia é que, mesmo nos casos de internações involuntárias, costuma ser grande a adesão dos pacientes ao tratamento após a desintoxicação. Mas achar a clínica certa, com profissionais qualificados é essencial.
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